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Notícias RTM

A mulher e a vocação para a liderança

Por Convidado(a)

11/03/2021, às 10h00 | Conteúdo atualizado em 12/03/2021, às 10h02

As guerras mundiais impulsionaram a entrada da mulher no mercado de trabalho. Até então, as mulheres tinham muito papel centrado no lar e poucas trabalhavam fora. Quando muitas ficaram viúvas, perderam seus maridos e precisaram assumir o controle das contas, do sustento e de tantas outras questões, o mercado, então, se abriu para a presença delas.

 

Neste primeiro momento, suas atividades estavam mais direcionadas para funções básicas, mas aos poucos, percebeu-se o grande potencial líder e uma possível influência.

 

Elas tiveram que se capacitar, e quando elas partiram para o ambiente de trabalho, precisaram se adaptar às mudanças. Vale ressaltar que experiência em adaptação elas já tinham, de certa forma. Por, historicamente, ficarem no lar, elas faziam a mediação de conflitos, lidavam com mudanças na vida e rotina dos maridos e tinham que se adequar à vida com filhos. Sem dúvida, isso fez com que elas pudessem ser mais adaptáveis e mais sensíveis.

 

Esse papel histórico da mulher faz dela esse ser tão diferenciado, adaptável, flexível e cooperativo.

 

Mas ainda há muitos desafios para vencer. Um deles está relacionado à dupla jornada de trabalho que a mulher ainda tem. É aquele desafio de equilibrar carreira e família. A mulher é aquela que trabalha fora, mas quando volta para casa também deve dar conta de tudo no lar. E, isso tem mudado ao longo dos anos, mas muitos homens ainda enxergam as mulheres como as únicas responsáveis pelo lar e não contribuem para o processo, mesmo ambos trabalhando fora.

 

Alguns autores dizem que não é fácil inserir a mulheres em uma estrutura que já está codificada como uma estrutura masculina. Então, a gente precisa mudar na verdade a estrutura. A mulher não quer ser inserida no cargo de liderança simplesmente porque ela é mulher. Ela quer inserida num cargo de liderança porque ela é mulher e tem as competências necessárias para atender as expectativas da organização.

 

Uma pesquisa de 2018 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) chamada “Perspectivas Sociais de Desemprego no Mundo - Tendências para as Mulheres”, colocou alguns dados importantes. A quantidade de mulheres no ambiente de empreendedorismo é quatro vezes menor do que a de homens. O mesmo estudo mostrou que a participação das mulheres na força de trabalho ficou em 48,5%, 26,5 pontos abaixo da masculina.

 

As mulheres são inspiradoras. Elas inspiram outras mulheres, se tornam referência para outras mulheres. Elas passam a acreditar mais em si mesmas e acreditam que podem se tornar líderes. Ao verem mulheres na liderança, as novas gerações acreditam que podem liderar também.

 

Dentre as principais características das mulheres estão: flexibilidade, empatia, a capacidade de liderar, a cooperação, a facilidade de trabalhar em equipe, a agilidade de gerenciar diversos processos ao mesmo tempo, são mais propensas à escuta ativa e à comunicação não violenta, entre tantos outros pontos. Segundo diversas pesquisas, isso tem resultado em maior produtividade e clima organizacional mais saudável, haja visto suas habilidades e estilo de liderança.

 

Para finalizar, gostaria de deixar uma dica às mulheres: descubram o jeito certo de levar as características de sua personalidade para o ambiente de trabalho, de forma autêntica. Entendam que Deus as criou da forma como são, sua sensibilidade e estilo de liderança precisam ser usados de forma intencional e não combina nada se for algo forçado e não relacionado à sua natureza. Pense sempre que, como mulher, você pode apoiar outras mulheres diante de tantos desafios que ainda surgem em nossa frente. Sua liderança pode ser baseada no exemplo de Jesus e com dedicação e preparo, você pode exercer a sua influência e chegar a um cargo de liderança que é relevante e transformador. Vale lembrar que, tão importante quanto ensinar com as suas palavras, é fazer isso a partir do seu exemplo de vida. Seja testemunha da transformação.

 

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