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Notícias RTM

Sete das 32 seleções que disputarão Copa do Mundo no Catar integram Lista Mundial da Perseguição 2022

Por Lucas Meloni

30/08/2022, às 11h16 | Conteúdo atualizado em 30/08/2022, às 11h41

A partir de novembro, o mundo volta seus olhos para o Catar, palco da Copa do Mundo da FIFA 2022. Nesta edição, sete das 32 seleções que disputarão o mundial representam países que estão na Lista Mundial de Perseguição (LMP), elaborada pela missão Portas Abertas.

 

O levantamento, divulgado desde 1993, traz um ranking anual com os 50 países onde o cristianismo sofre mais perseguição. Na edição deste ano, além dos países do Oriente Médio, incluindo o país-sede, onde a opressão islâmica é fortíssima, o destaque vai também para o México, onde a violência provocada pelos narcotraficantes tem resultado em morte de cristãos que tentam tirar das garras do narcotráfico muitos jovens.

 

Confira abaixo a relação dos sete países que disputarão a Copa do Mundo a partir de novembro e as suas respectivas posições no ranking da LMP:

 

Irã (9º)

Arábia Saudita (11º)

Catar (18º)

Marrocos (27º)

Tunísia (35º)

México (43º)

Camarões (44º)

 

“No Catar, os cristãos, em sua maioria, são estrangeiros que trabalham no país. Por isso são mais livres para viver a fé, embora também enfrentem pressão. As igrejas frequentadas por imigrantes são monitoradas pelo governo e limitadas a áreas específicas. Há um pequeno número de cristãos nativos no país. Eles enfrentam extrema pressão das famílias e das comunidades muçulmanas.  O país não reconhece oficialmente a conversão do islã, o que causa problemas legais e perda de status social, custódia dos filhos e propriedade. O Catar subiu 11 posições na Lista Mundial da Perseguição 2022. Esse é um reflexo do aumento da violência contra os cristãos”, informou Portas Abertas em comunicado.

 

Os cristãos do Catar estão divididos quanto às perspectivas do mundial para a liberdade religiosa no Catar. Alguns veem o evento como uma grande janela para evangelização. “Equipes internacionais costumam ir aos países organizadores para fazer evangelismo entre as multidões. Também no Catar, espera-se que essas equipes venham. As igrejas expatriadas existentes esperam que sua vinda não tenha um impacto negativo nas igrejas registradas e em como os cristãos no país são vistos e tratados”, acrescentou Portas Abertas.

 

Outros, contudo, não acreditam que a Copa do Mundo possa favorecer uma abertura no que diz respeito à liberdade de ser cristão no país. “Acho que a Copa do Mundo não trará mudanças”, disse um líder cristão local cuja identidade foi preservada para evitar retaliações. 

 

Para mais detalhes sobre a perseguição a cristãos, acesse www.portasabertas.org.br

 

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