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Blog do Mulheres de Esperança

Isto ou aquilo - o impacto das nossas escolhas

Por Susie Pek

09/04/2022, às 17h26 | Conteúdo atualizado em 09/04/2022, às 17h31

O ditado “a fome é má conselheira” sempre fez muito sentido para mim, já que, uma pessoa faminta quer se alimentar e se livrar, o quanto antes, dos incômodos por ela provocados. Em sua busca da saciedade as preocupações usuais passam para segundo plano. Seu desejo naquele momento é resolver seu problema imediato. Na próxima refeição os critérios usuais para uma alimentação saudável poderão ser considerados. A situação fica ainda pior quando a fome encontra o cansaço. A vontade de comer até um pedacinho da parede é tão real, quanto o desejo de se jogar no sofá e só levantar quando as forças tiverem sido recuperadas.  

 

Esse é o tipo de situação que só gente, como a gente, entende. E não é que Esaú, filho de Isaque e Rebeca, passou por algo semelhante? Esaú era um caçador habilidoso e vivia percorrendo os campos. Além disso, ele era o preferido de seu pai. Já o seu irmão gêmeo, o Jacó, cuidava do rebanho e vivia nas tendas, e claro, era o filho favorito de sua mãe. Logo se percebe que eles eram uma família como a sua ou a minha.

 

Num dia corriqueiro, Esaú foi para o campo e chegou em casa faminto. Seu irmão Jacó tinha preparado um ensopado vermelho. Apesar de não estar no relato bíblico, imagino que o cheirinho estava maravilhoso e convidativo. Esaú disse para Jacó: "Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto! “Jacó percebeu que a fome e a exaustão deixaram o irmão vulnerável e respondeu: "Venda-me primeiro o seu direito de filho mais velho".
Disse Esaú: "Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?” Jacó, porém, insistiu: "Jure primeiro.” Então ele fez um juramento, vendendo o seu direito de filho mais velho por um prato de comida. Então Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho. (Gênesis 25.27-34).

 

E não é que a fome fez seu papel de má conselheira com Esaú? Ele desprezou o direito do filho mais velho, algo tão precioso em sua cultura, para resolver uma questão imediata. Sua decisão foi impulsiva e precipitada e lhe causou a perda de uma bênção especial.

 

A escolha de Esaú nos provoca a ponderar sobre nossas próprias decisões. Temos sido cautelosas e sábias? Ou nos deixamos levar pelas soluções momentâneas?

 

No amor do Senhor,

 

Susie Pek

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